5 de maio de 2019

O Hipnotista de Lars Kepler


Este é um livro fenomenal. Editado pela primeira vez em Portugal em maio de 2010 e que eu tive oportunidade de ler há, sensivelmente, dois meses.
Sobre os autores, e sim autores, porque são dois, ao contrário do que sugere o nome. Eles são marido e mulher e chamam-se: Alexander Ahndoril e Alexandra Coelho Ahndoril. Ambos são suecos, embora a autora tenha ascendência portuguesa (por parte da mãe). Ambos têm bastante influência no mundo da escrita.
O casal criou o pseudónimo por vários motivos, entre eles, queriam criar uma obra diferente que fosse lida e avaliada sem a influência dos seus nomes e como cada um tem a sua forma de escrever, decidiram criar uma nova forma, um novo tom (como os próprios afirmaram) correspondente a Lars Kepler. Este pseudónimo foi criado com base numa homenagem ao escritor Stieg Larsson e numa referência ao cientista Johannes Kepler.
Juntos conseguiram desenvolver um thriller que, a meu ver, é genial. Cheio de ação, intriga, suspense e, acima de tudo, é muito viciante. Não há um momento enfadonho nesta obra. É de ler e chorar por mais.
Há muita coisa que eu gostaria de partilhar convosco sobre o enredo desta história, mas não quero (de todo) estragar os bons momentos que esta leitura vos pode proporcionar.
Este livro é, não só, o primeiro desta dupla, como também, o primeiro da saga Joona Linna.
A história começa com a quebra de uma promessa feita há dez anos atrás e isto vai trazer consequências, falta saber a quem.
Josef Ek, uma das personagens principais, é encontrado à beira da morte, em casa, juntamente com a sua mãe e irmã mais nova, que por sua vez estão mortas. Também o seu pai foi encontrado morto poucas horas antes num local diferente. Sendo Josef o único sobrevivente, Joona Linna, comissário da polícia judiciária, acredita que ele viu o assassino e que poderá identificá-lo. Tendo em conta que Josef está brutalmente debilitado e traumatizado, um interrogatório normal está fora de questão. Terão de seguir um método bastante alternativo: a hipnose. Para isso, chamam Erik Maria Bark, um médico especialista na área.
Nesta sessão de hipnose descobrem, não só, que Josef sabe quem é o assassino, como lhes revela o seu nome. Josef afirma ser ele próprio o autor dos homicídios. Resta-nos apenas uma pergunta: Será esta afirmação verdade ou é apenas a mente traumatizada de Josef a substituir a entidade do assassino pela sua própria entidade?
Para além da trama principal, temos uma secundária que envolve a vida pessoal do hipnotista, onde se destaca o desaparecimento do seu filho Benjamin. Quem terá sido? Josef? Será alguém do presente ou alguém vindo do seu passado?
A única forma de saberem o desfecho desta empolgante história é começarem a ler.

Deixem aqui a vossa opinião.

Beijos