27 de outubro de 2019

Dez Anos Depois de Liane Moriarty


Olá maltinha, cá estou eu novamente, desta vez com uma entrada extra para este mês. Era suposto fazê-la assim que terminei a leitura, mas uma coisa leva à outra e tal e acabei por só conseguir fazê-la hoje. Bem, mas como dizem os antigos, “Mais vale tarde que nunca”. =)
Primeiro que tudo e para contextualizar esta surpresa, devo dizer que li este livro numa leitura conjunta com muitas mais pessoas graças ao desafio da “Manta de Histórias”. Foi a minha primeira experiência no que toca a leituras conjuntas e espero bem que a última esteja bem longe do dia de hoje.
Segundo que tudo, vamos falar do livro em questão. Um romance no qual a personagem principal tem um acidente insólito. Alice, a personagem principal, caiu no ginásio numa aula de step e com isso perdeu parte da sua memória. Quando acordou não se lembrava dos últimos dez anos da sua vida.
Uma situação um tanto engraçada de se ler mas, pensando bem, muito perturbadora, tendo em conta que uma coisa tão simples e usual do dia a dia nos pode deixar com este tipo de sequelas.
Já se imaginaram? No meu caso, tinha voltado para a secundária, ainda vivia com os meus pais, trabalhava ao fim de semana e não tinha nenhum dos meus cães. Quão estranho seria o regresso a casa?
No caso de Alice, ela tinha 29 anos em vez de 39. Tinha acabado de comprar uma casa com o marido, estava grávida pela primeira vez e tinha uma relação excelente com a irmã. Muita coisa mudou nestes dez anos e esta mulher também mudou, não só no aspeto físico como na personalidade. Neste momento ela tem três filhos, enfrenta um divórcio horrendo, está numa luta com o ex-marido por causa da custódia dos filhos e a sua relação com a irmã não é a melhor.
Para além disto tudo, ainda existe uma pessoa de quem toda a gente fala, que pelos vistos é muito importante para si. O problema é que ela nem se lembra do nome dessa pessoa quanto mais dos motivos pelos quais ela é importante para si.
Resumindo o final, acabou como eu esperava e posso dizer-vos que “Tudo está bem quando acaba bem”.
Em relação à autora, eu nunca me tinha cruzado com as suas obras, embora sejam bastante conhecidas e, se não fosse esta leitura conjunta, eu nunca o teria lido. Por isso, o meu muito obrigada à “Manta de Histórias” por me ter proporcionado esta boa leitura e por me ajudarem a alargar os meus horizontes, tendo em conta que o que mais gosto de ler são policiais, fantasia e terror.
Espero que tenham gostado e que vos tenha ajudado a aumentar a vossa lista de desejos. Vemo-nos por aí!

Beijos

5 de outubro de 2019

Levaram Annie Thorne de C. J. Tudor

Olá, olá, bem vindos a mais um "Pensamentos que Geram Gatafunhos" (por momentos parecia que estava a anunciar um programa televisivo, mas não. Não tem nada a ver =D). 
Este mês trago-vos uma autora nova (neste blog) que se chama Caroline Jane Tudor, mais conhecida por C. J. Tudor. Já editou dois livros em Portugal, sendo o primeiro “O Homem de Giz” e o segundo “Levaram Annie Thorne”.
A autora demorou vários anos até conseguir ver um dos seus livros publicados, mas quando o conseguiu, garantiu o seu lugar nos Tops de vendas. Antes de ser escritora de profissão, Tudor teve uma vasta diversidade de trabalho, entre eles empregada de mesa, apresentadora de televisão e dogwalker.
Neste momento tem 47 anos e não fez qualquer curso sobre escrita criativa. Aliás, a autora desistiu da escola com 16 anos e decidiu fazer um estágio como jornalista logo de seguida.
Falando agora em relação a este livro. Foi editado em Portugal em fevereiro de 2019. 
A história está dividida em dois períodos temporais: 1992 e atualidade e personagem principal é Joe Thorne, irmão mais velho de Annie Thorne. Este viveu, enquanto criança numa aldeia chamada Arnhill, entretanto mudou-se e, na atualidade da história, decide voltar às origens. Ele é professor e, ao voltar para a aldeia que o viu crescer, vai dar aulas na escola em que estudou anos antes.
Existem vários motivos pelos quais ele voltou à aldeia, e cada um deles se adequa a um grupo específico de pessoas. No fundo o seu verdadeiro motivo é bastante pessoal: saber o que aconteceu à sua irmã. Isto vai trazer pessoas indesejáveis e lembranças horríveis.
Será que Joe será forte o suficiente para avançar contra tudo e todos e terminar a missão que o levou até ali!?
É uma boa pergunta, mas só vão descobrir se lerem este livro… pois eu não vos vou contar.
Entretanto, devo confessar que achei o livro um pouco confuso. Houve alturas em que não percebi o motivo de tanto pormenor e informação, pois não levavam a lado nenhum (naquele momento). Foi de um avanço lento e, por isso, não cheguei ao estado de “leitura compulsiva”.
No entanto, tenho também coisas positivas a apontar, como por exemplo: Portugal é referido no livro, apenas uma vez, mas gosto de saber que os maus da fita (considerados por mim, claro) têm uma casa de férias no nosso país. (Nunca visto =D)
E principalmente, eu ainda não disse, mas é de conhecimento público que este livro toca, e bem, no horror ou terror (como queiram chamar) e há uma descrição que me tocou profundamente. Ela envolve insetos, (coisinhas que eu adoro… bem longe de mim e do meu pensamento) insetos esses que vêm em quantidades exorbitantes e que só de pensar nesses excertos de texto ainda tenho arrepios e comichões. Resumindo, posso dizer-vos que é um livro bom, cheio de reviravoltas e surpresas até ao fim, mas que o seu problema é estarem todas concentradas mesmo no fim do livro, o que faz com que leitores mais impacientes não o achem tão agradável e que talvez não o terminem de ler.
Posto tudo isto, espero que me deixem as vossas opiniões.
Beijos