Acordo estremunhada. Debaixo dos lençóis, encostado a mim, sinto algo felpudo e quente. Afago-o. E sinto o meu gato a aconchegar-se contra o meu corpo numa tentativa de eliminar o abraço frio das últimas noites. Apalpo, insistente, o espaço em meu redor à procura do telemóvel, preciso de saber de quantas horas ainda disponho para dormir até à alvorada.
Em tempo real, exposta no ecrã desbloqueado está uma imagem que nunca esquecerei: o Nico deitado, na sua manta favorita, enroscado e com o focinho de frente para a câmara de vigilância.
Saberei eu o que tenho encostado a mim?
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