Boas Maltinha,
Mais uma entrada, mais um livrinho!
Hoje trago um autor português e o inicio de uma série, a do Bruno Saraiva.
Como muitas vezes me acontece, começo as séries pelo livro que me chama a atenção e só quando o estou a ler é que percebo que o mesmo está inserido numa história maior e com muito mais para descobrir do que "apenas" aquilo que me atraiu (sim, eu sou daquelas pessoas que pega num livro, o traz para casa e começa a ler sem ver se existe um background. O elemento surpresa sempre me cativou). Esta série, comecei-a pelo terceiro volume, "Crime na Quinta das Lágrimas", e ainda não o tinha terminado e já sabia que tinha de ler os anteriores e os possíveis vindouros.
Nos dois volumes que li, os crimes ocorrem à "porta fechada", onde o assassino se encontra no seio do grupo. Está exatamente no mesmo local onde tudo acontece e tem livre acesso a tudo o que se passa. Se por um lado é genial, por outro é frustrante, deixando ainda mais presente a necessidade de não confiar em ninguém.
Apesar do leitor saber onde o assassino está, passa tooooda uma leitura a perguntar-se porque raio ainda não descobriu quem é e, se eventualmente desconfiar de alguém, vai sempre achar que é demasiado óbvio e tenta "ver" melhor todas as hipóteses. Não sei se todos olhamos da mesma forma, mas este leitor sou eu. Aquele que desconfia de todos, que acha que sabe quem é, mas não acredita que seja e, no fim, talvez tenha adivinhado, mas nunca esteve seguro disso.
Também este tipo de leitor, o que me corresponde e que fica efetivamente frustrado, tem sérias dificuldades em manter a tranquilidade durante a leitura. O estado de espírito é de pura ansiedade e, a cada mudança de rumo na história ou de alteração de suspeito, há uma fechadela brusca de livro e uma impropério gritante. Não me interpretem mal, apesar de tudo isto, a necessidade de voltar e de descobrir quem é o/a CANALHA demonstra o lado bom de uma narrativa como esta.
Algo interessante que este autor nos proporciona é o facto de:
- Todos os suspeitos terem um lado mau, seja em personalidade ou em ações de vida - nenhum é santo, nem o morto;
- Todos os Inspetores têm uma falha gigante de personalidade;
Porque é que isto é importante? Epah, porque assim conseguimos perder a cabeça com todos de igual modo, intensificando assim a leitura ao ponto de querer entrar na história e tentar agredir todas as personagens existentes.
Agora que vos falei sobre isto, vou fazer dois ou três exercícios de controlo da respiração para tentar tranquilizar o meu estado de espírito alterado...
Em breve, irei debruçar-me sobre o volume 2 - A Maldição - e preciso de ter o ritmo cardíaco controlado.
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