Olá Maltinha,
Olá Maltinha,
Espero que estejam bem!
A história tem como protagonistas o Charlie e o Nick, mas todas as outras personagens estão lá por um motivo e para nos mostrarem de forma bastante prática todas as opções que existem.
É ainda muito difícil viver com as escolhas feitas quando as mesmas não condizem com as maiorias. É também difícil chegar às conclusões daquilo que queremos quando a informação não é disponibilizada e quando todos à nossa volta bloqueiam qualquer conversa, terminando-a com um "não digas baboseiras" ou algo similar.
Estes livros conseguem mostrar e explicar toda uma panóplia de sentimentos, emoções e escolhas que cada um de nós pode viver. É uma coleção transversal, que transmite conhecimento e que pode expandir mentalidades.
E vocês, o que têm a dizer desta coleção?
Começou também com uma história verídica, coisa que é raro eu ler. Desde o momento que uma história é baseada em factos verídicos eu já não a consigo apreciar da mesma forma. São vários os motivos, mas o principal é que eu visualizo tudo o que estou a ler como se estivesse a acontecer em tempo real à minha frente e as emoções começam a sufocar-me.
Este livro traz de volta um acontecimento de 2006, que ocorreu na cidade Invicta e que chocou a maioria das pessoas. Nessa altura eu era "apenas" uma adolescente de 14 anos e não tinha qualquer interesse em notícias, nem sequer as via. Hoje, depois de ler este livro e de calcular a idade que tinha, chego à conclusão que tenho a mesma faixa etária e que não podia estar em tão distante realidade.
É uma história contada na voz de uma criança de 12 anos e esta criança tem um papel intenso e desorganizado, provavelmente desenvolvido pela ausência dos pais, tendo sido deixada numa instituição chamada Oficina, onde a criação ou educação são menosprezados e insuficientes.
Considero que o desfecho desta história se deve à falta desse acompanhamento e consequente ausência de amor paternal e uma decisão estúpida de um miúdo que queria mostrar-se como alguém forte e superior.
Também a vida da Gi foi retratada e dá para entender que foi uma vida sofrida, sem quaisquer facilidades. Jamais eu conseguiria encontrar felicidade naquilo que ela considerou vida.
Ambas as personagens sentiam falta de atenção, eram submissos e tinham uma necessidade de afirmação.
Gostar deste livro não me soa bem. Não gosto da história pelo que ela retrata, não há como gostar, choca-me ainda mais que seja escrito pela "mão da criança" e isso é demonstrado na qualidade da escrita, que torna visível a criança por detrás das páginas.
Mas não posso deixar de o considerar um bom livro. É visual, sem ultrapassar todas as sensibilidades. Diz muito sem ter tudo detalhado.
É doloroso.
É real e, ao mesmo tempo, assustador.
Mais alguém que tenha lido este livro? Deixem nos comentários a vossa opinião.
Hoje trago-vos o último livro que li no ano passado e foi uma das melhores maneiras de acabar em grande, com mais um livro no coração.
Sabem há quanto tempo eu tinha este livro na minha estante? Desde agosto de 2021 e já o tinha destinado inconscientemente aos livros que provavelmente nunca iria ler.
Quase perdia um dos "aquele livro".
Desde que comecei a escrever que tenho aumentado o meu conhecimento sobre esta arte maravilhosa e tenho-me deparado com histórias fenomenais sobre outros escritores.
E este livro enquadra-se nesta faceta, ele é sobre escrita e sobre o oficio da escrita contado na primeira pessoa, o que acaba por fazer dele também uma autobiografia.
Tanta coisa inexplicavelmente em comum que partilho com a Rosa e não fazia ideia. Realmente existe uma louca na casa e essa louca, não só dá cabo da minha cabeça, como também da cabeça da Rosa.
Este livro não deixa de ser o que é: um excelente livro, mas, ao mesmo tempo, sinto que foi uma conversa, onde a autora me confidenciou tanto sobre si como numa conversa entre velhas amigas que partilham os mesmos gostos.
Acabo a dizer que adorei esta conversa e que espero continuá-la em breve.
Até breve e boas leituras!
Há capas que nos chamam à atenção e esta foi uma delas. Aquela casinha de paus um tanto sinistra, um tanto apelativa chamou-me logo na primeira vez que a vi.
O que há de fazer o leitor quando um livro o chama assim?
Aquilo que sabe fazer melhor: vai pegar nele e vai lê-lo. De preferência com mais amigos literários. Foi o que eu fiz!
Não só lemos o livro, como decidimos ainda ver a mini série que estreou na Netflix este mês.
Desde o inicio do livro que fiquei vidrada na personagem Hannah. Uma criança, no mínimo, intrigante. Ficamos a pensar: o que raio vem dali? É uma personagem que nos deixa na dúvida, sobre o seu envolvimento, o tempo todo.
Tudo neste livro é perturbador. Não há uma personagem saudável ou um acontecimento regular.
Ainda me pergunto como é que a autora conseguiu criar esta atmosfera. Como é que conseguiu imaginar uma coisa tão hedionda e ainda por cima transformá-la (para as personagens) numa coisa banal como uma família feliz numa cabana.
Adorei o livro e adorei a série.
Falando agora um pouco sobre a produção televisiva.
Fiquei um pouco confusa pois alguns dos personagens não são os mesmos do livro, apesar de terem o mesmo nome, não têm o mesmo género. Em alguns casos, as suas batalhas individuais não são as mesmas e os motivos também estão alterados.
Eu sei, eu sei, uma série é apenas "baseada" no livro. Ainda assim, no meu ponto de vista, a história e os pontos principais devem ser os mesmos.
Neste caso, com nomes diferentes, podiam ser duas histórias distintas.
No entanto, isso não invalidou a minha satisfação de visionamento.
E vocês, o que têm a dizer sobre A Rapariga da Cabana?
Beijos