Estranha é a forma como a Escrita chama por mim.
Passam-se dias que não escrevo, principalmente porque o "pouco tempo" que tenho pode ser empregue em algo melhor do que escrever merd@s sem significado ou sem qualidade. Até o simples facto de fazer zapping na TV é uma melhor aposta do que deitar por palavras o que possivelmente seria uma boa ideia.
Outras vezes, simplesmente sinto que não tenho nada a escrever e aí sim, está tudo bem.
Depois existem momentos como este em que queria estar tranquilamente a ler e tenho esta inquietação no fundo do meu ser e na ponta dos meus dedos que não me deixa sossegar.
E não é como se eu pudesse escrever o que quero, ou seja, contornar esta vontade e escrever um resumo de leitura ou mais um capítulo do livro em que estou a trabalhar.
Não...!
É esta vontade de esticar a linha do novelo que é o pensamento, alinhá-lo com a tinta azul sobre o papel, numa corrida contra o tempo.
Nada disto faz sentido, por vezes sinto que a loucura me espera no último ponto final, mas quando lá chego sinto apenas o poder da concretização.
Eu bem te disse que tinhas de ir buscar o raio da caneta, digo.
Ainda bem que fui, respondo.