20 de fevereiro de 2025

Opinião Literária: Segredos Obscuros, de Michael Hjorth e Hans Rosenfeldt

 Olá Maltinha, espero que estejam bem e bem preparados para o ano de 2025, segundo sei, veio com força e para ficar durante 12 meses.

O livro de hoje marca o início de uma série, do psicoterapeuta Sebastian Bergman e que eu adoro com todas as minhas forças. Apesar de nunca o ter trazido as estas linhas (sim, fui confirmar umas quantas vezes) eu já li esta série INTEIRA! Excluindo o 8º volume, que saiu em Portugal, em novembro de 2024. Talvez se perguntem "se gostas assim tanto porque não o leste entretanto?" Vou responder-vos, explicando-vos que quando peguei nele, um dilema apoderou-se de mim: devo ler já o oitavo volume, mesmo tendo a certeza de não recordar metade da história, ou devo voltar ao início da saga e desfrutar dela do principio ao fim? No fundo: aspiro ou degusto? A degustação venceu e assim comecei novamente a história do meu querido e estouvado Sebastian. E a sério, não me julguem pela falta de memória, ela ocorre-me em vários campos da vida e, em minha defesa, o primeiro livro, este mesmo que vos falo hoje, já remonta a minha leitura a 2020.

Começo por dizer-vos que um protagonista como o Sebastian Bergman nunca desilude, até porque aprendemos desde cedo a não esperar nada de bom dele. Tudo o que ele faz tem um propósito egoísta e, apesar de ser muito bom, tenta sempre marcar pontos pela negativa. Fascinam-me protagonistas assim, imperfeitos e com um quê de insuportáveis. 

Adiante! 

Fala a voz de quem leu "um pouco" mais à frente, quando vos diz que numa equipa de Investigadores de topo, com os quais Sebastian acaba por trabalhar, não há nenhum que escape a esta ideologia de perfeita imperfeição e de tão descarados defeitos. É como se para a contratação fosse exigida, no mínimo, a posse de um pecado mortal na sua personalidade.

Além da história, há outra coisa que me fascina, a forma como o livro está organizado - capítulos curtos, evolução da história alternada e, ainda, o conflito dos personagens principais misturado no meio de tudo o resto. Ou seja, os conflitos e evolução dos policias, que serão sempre os mesmos, não estão reservados para o início ou para o fim do livro, a investigação não os põe em stand by, em alguns casos, são eles que alteram o rumo e os tempos da investigação em prol dos seus demónios.

Com isto dito, só me resta continuar esta interessante viagem até ao segundo volume: O Discípulo.


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